Faz quase um mês que não ponho os pés em Gomorra. Não vou dizer que foi proposital, mas recentemente precisei dar um recado burocrático a um descendente de japoneses que mora lá e não tive coragem (ou vontade) de fazê-lo ‘in loco’. Não me perguntem o motivo, mas não o fiz. Encontrei o ‘nissei’ pela Internet e transmiti o recado que possuía e resolvi um problema, ao passo em que outro se constituía: quando passei em Gomorra pela última vez, peguei emprestado um DVD com Bruno/Danilo, no qual estava gravado “Baile Perfumado” (1997), elogiadíssimo filme brasileiro de Paulo caldas & Lírio Ferreira que quase todos que eu conheço já viram, menos eu. Todos elogiam a trilha sonora do Chico Science e as atuações premiadas no Festival de Brasília, mas eu não tinha visto-o ainda. Tentei fazê-lo hoje pela manhã e, após 20 minutos de projeção, o meu aparelho reprodutor de DVDs deixa de funcionar. Quando poderei agora conferir este filme, que é o maior xodó dos pedagogos que conheço? Quando? Quando poderei devolver o DVD de Bruno/Danilo? Quando porei meus pés novamente em Gomorra? Quando? Pelo sim, pelo não, fica aqui a confissão de que sempre fui um fã moderado das empreitadas oportunistas e respeitosas do fotografo libanês Benjamin Abrahão (1890-1938). E, em suas fotos, homem dança com homem no cangaço – e não tem nada de mais, ora pois, ao contrário do fato de ele ter sido assassinado com quarenta e duas facadas, crime este que, por motivos obviamente políticos e nefastos, permanece até hoje não-esclarecido. Isso sim, tem muito de muito!
Wesley PC>
DOIS É DEMAIS EM ORLANDO (2024, de Rodrigo Van Der Put)
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