quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

“NÃO ODIAR”, DISSE O SENHOR, MAS, SE FOR PARA SER ASSIM, ODEIE MAUS ATOS E NÃO MÁS PESSOAS!

Assim repito para mim mesmo eventualmente, a fim de não confundir a nobre obrigação de amar os meus inimigos com a subsunção concordante ao que de pior existe no mundo e é sub-repticiamente alimentado pelo sistema capitalista em que vivemos. Assim pensei na noite de ontem, quando saciei a minha curiosidade invertida em ver “As Duas Torres” (2006), filme absolutamente conservador do outrora genial Oliver Stone. Temia que o filme fosse irritante em sua exposição em câmera lenta dos ataques terroristas contra as torres do título, mas o filme foi brando. Ou melhor, foi explícito e, como tal, optou por um estratagema vencedor: registrar as agruras de policiais férteis soterrados, fazer com que torcêssemos por suas vidas humanas, imaginá-los como seres vivos dignos de piedade e ignorar qualquer contexto sociopolítico relacionado ao ataque de 11 de setembro de 2001. OK. Como tal, vale também torcer para que a produção seminal de um pós-adolescente carnívora seja restituída após 11 horas de masturbação no banho? Eu o fiz, mas não fui muito bem-sucedido. Valeu pelas boas atuações no filme e pela graça de alisar um mamilo masculino juvenil.

Wesley PC>

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