sábado, 5 de dezembro de 2009
PAPUA NOVA GUINÉ!
Difícil imaginar que alguém possa ter uma atuação ruim ao compartilhar a cena com o canastrão sedutor Reynaldo Gianecchini, mas em “Entre Lençóis” (2008), do colombiano Gustavo Nieto Roa, aconteceu: Paola Oliveira é uma péssima atriz! Ruim mesmo!
O que é estranho é que, para além das más atuações do casal protagonista, eu quase gostei do filme. É que a idéia original é muito boa. Pisada e repisada nos circuitos independentes internacionais, esta trama minimalista do casal que se encontra fortuitamente e passa a noite mais bonita de suas vidas juntos sempre foi muito desdenhada aqui no Brasil e, para além das assumidas pretensões comerciais e supostamente eróticas do filme, o resultado é apreciável sim. Cumpre o seu papel: faz com que questionemos nossos sonhos e paixões e decisões e inércias e desejos e aptidões e vontades e masturbações e tudo o mais que estiver entre eles.
No filme, uma mulher e um homem se encontram numa boate. Beijam-se, vão para um motel e fodem. Depois, começam a conversar, a conversar e a conversar. Fodem mais uma cinco vezes em 88 minutos de duração. E conversam, conversam e conversam. Algumas vezes, a conversa fica fora de tom, afetada, burguesa, mas o sumo é sempre agradável: ela vai casar e queria uma despedida de solteiro como se fosse homem; ele acabara de brigar com sua esposa e não queria nada, apenas estava ali. Fodem e percebem novos rumos para suas vidas. Enquanto idéia, insisto: a proposta é ótima!
Na bolsa dela, encontramos vários fetiches sadomasoquistas, como vibradores de borracha, algemas de pelúcia e chicotes de couro. Na mente dele, uma necessidade de fotografar tudo, de transformar até mesmo a mais banal das ações num serviço profissional, conforme se destaca na sua justificativa para encher o quarto do motel de pétalas de rosas. Enquanto isso, eles se banham, discutem sobre punheta e siririca, falam sobre como descobriram o sexo e/ou o amor, dançam e fazem ‘strip-tease’, beijam-se, brigam por bobagens, ameaçam ir embora, reconciliam-se, etc.. Por pior que sejam as atuações e por mais mecânica que seja a condução do erotismo no filme, valeu a pena eu tê-lo gravado em DVD. Talvez eu precisa deste filme, num futuro imaginário, para mostrar o que NÃO deve ser uma Discussão de Relacionamento (vulgo DR – risos). Se alguém quiser conferir...
Observações: ele pode ser um canastrão, mas é gostoso pra caralho e, na cena em que pronuncia o nome do país exótico que intitula esta postagem para mostrar que as mulheres (ou andromaníacos em geral) adoram um bronco, eu pensei: “pôrra, precisa mais o quê?” (risos)
Wesley PC>
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3 comentários:
Gianecchini, Eca! kkkkkkk
È sério... No filme, ele tá legalzinho (risos)
E eu comia (kkkkk)
WPC>
eu como gianecchini ate ele fazendo coco...como eu nao sei...kkkkkkkkkkkkkkkkk
Mas, uma defesa, ele é fantástico no teatro.
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