quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

DÊ-ME TEU PERDÃO ANTES DE MORRER – PARTE I

Todos estão cansados de saber que os passos que dei entre 01 de janeiro de 1992 e o dia de hoje estão documentados em minha casa nas páginas de diversas agendas pessoais. O tom excessivamente confessional e incomedidamente particular dos textos neste ‘blog’ revela que faço o mesmo em diários íntimos, devidamente escondidos, ansiando para serem lidos quando eu deixar de existir e, como tal, precisar justificar meus atos inglórios, os estratagemas medíocres de que me servi nesta luta irrefreada pela sobrevivência emocional. Sobrevivi! Estou aqui ainda!

Como sou um tanto supersticioso e demasiadamente simbolista, o último dia do ano sempre representou muito para mim, sempre foi um pólo de depressão irresoluta, no sentido de que as brigas em minha casa manifestavam-se cedo e eu nunca tinha tempo para gritar que também sofro, que tenho problemas e que necessito de uma atenção diferente da que (não) me davam. Além de acalmar as insatisfações deles, precisava abrandar os maus augúrios que me cercavam, mas nunca me sobrava tempo. Por isso, era comum que eu me dedicasse a choramingações longevas nas últimas horas do ano. Recentemente, talvez eu esteja mudando de tom. Talvez eu esteja crescendo, talvez eu tenha pessoas ao meu redor, talvez eu seja feliz e não saiba. Talvez...

O certo é que hoje, 31 de dezembro de 2009, estou muito mais contente do que estive há 6 anos, apenas para citar uma data aleatória (abri a primeira agenda que encontrei!). As reclamações de minha vida não mudaram muito em seis anos, mas os motivos de agradecimento sim. Sou a mesma pessoa, e, ainda assim, diferente. Que bom!

Wesley PC>

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