quarta-feira, 4 de novembro de 2009

PAUSA PARA FALAR UM POUCO DE MIM, HOJE:

Analisando bem friamente a situação, talvez eu tenha sido o único dos afiliados da comunidade que batiza este ‘blog’ a não comparecer a uma celebração noturna, nesta noite de segunda-feira, que reuniu uma quantidade impressionante de amigos. Telefonaram-me, me convidaram, mas eu não pude ir. Tive problemas domésticos leves para resolver e, desde antes do último fim de semana, não tinha um centavo no bolso, ausência monetária que me impediu de sair de casa, pois não tinha dinheiro para as passagens. Sendo assim, faltei também a encontros com amigos no sábado, a um luau com outro grupo de amigos no domingo e a uma festa de aniversário na segunda. Como arranjei o que fazer para substituir tais impedimentos de encontros, não lamentei tanto a minha sorte, mas, neste exato momento, eu me pergunto: até que ponto eu não causei toda esta situação? Não estaria eu me auto-aprisionando voluntariamente? Desfocado no plano da obsessão passional, encontro sentido para estar entre as pessoas que tanto gosto? Queria ter coragem para responder a estas perguntas sem ofender a outrem e a mim mesmo. Eu, que tanto prezo a sinceridade, talvez esteja a me tornar um hábil mentiroso para si mesmo. Enquanto meus amigos sorriam, interagiam, vomitavam, eu estava a recolher com a língua as gotículas de sêmen alheio que voaram depois de uma aula improvisada de Matemática sobre números complexos. Não foi ruim, adianto. Muito pelo contrário, eu precisava daquilo, mas... Sinto falta de estar entre meus amigos. O medo de perdê-los está fazendo com que eu antecipe tal perda e justifique-me através de um hedonismo profissional cognominado de egoísmo defensivo? Não queria isso. Queria cantar “Love is Rare”, do Morcheeba, ao contrário!

“As you all know
You better beware
Treat me with respect
Because love is rare
Love is rare”

Wesley PC>

2 comentários:

Tiago disse...

love is rare, dear friend, and ...
sometimes it seems to me so unreal...

but, we'll survive! HEY HEY!...

Yours
tiago.

tiago. disse...

By the way.... formei um pedaço de opinião a cerca dos filmes do Miyazaki... percebo um bem querer (por falar em amor...)sem limites que o diretor tem para com os humanos e com todo o mundo vivo.
A preocupação dele com a necessidade de encararmos a possível harmonia... Não forçando-a, mas encarando-a.

Mononoke fala de um amor real, incomunicável, de um que não se fala, que existe e que é mortal.

A coexistência na vida. Creio que não há o que supere esse amor, especialmente os fugazes.

grande abraço,
saudade, espero vê-lo esse fim de semana.