segunda-feira, 9 de novembro de 2009

“ELE NÃO ERA DE NINGUÉM. ELE NÃO ERA MEU!”

Na ausência do que melhor ser dito no funeral de seu amado aventureiro, a personagem real Karen Blixen (Meryl Streep) utiliza tais palavras em seu funeral. Ela era obcecada pela posse. Ele rejeitava as prisões burguesas a que ela se filiava. Ele morre num acidente aéreo. Ela torna-se uma famosa escritora ‘a posteriori’, depois que é forçada, por motivos de falência, a abandonar a África que tanto aprendeu a amar. Os eventos relacionados a tal paixão são relatados no filme “Entre Dois Amores” (1985), dirigido por Sydney Pollack, merecedor de vários prêmios cinematográficos e difundido erroneamente como um romance xaroposo, quando versa sobre assuntos e sentimentos muito mais complexos – tanto que não me senti apto a compreendê-lo e apreciá-lo adequadamente da primeira vez que o vi, há mais de 10 anos. Revi-o ontem, num canal fechado sobre vida animal e fiquei encantado. Admito que não é um filme excelente, mas ele prende a atenção. Por mais que minha mãe não conseguisse abandonar a sessão para lavar um de nossos cães, o impacto do filme é bem mais forte depois que ele acaba. As imagens, sons, palavras e lembrança s ainda estão em minha cabeça. E, para piorar, ao chegar ao meu local de trabalho na manhã de hoje, descubro que uma colega de 26 anos, que trabalhava num setor contíguo ao meu, faleceu num acidente automobilístico em Alagoas. Sexta-feira última foi o aniversário dela. Os outros colegas fazem agora planos de “viver intensamente”. Eles não o faziam antes? Falo por mim... Sigo em frente! Queria ver o filme de novo...

Wesley PC>

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