quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Ela tanto agrada quanto agride
Palavras de amor no peito
E facadas ao pé do ouvido
Um animal sexualmente agressivo
Faz romper cordões
E futucar o próprio umbigo
Até que se faça um buraco na alma
Até que se faça um buraco por onde tudo passa
Até que se faça uma alma onde tudo caiba
Até que não mais se aguente
E como numa enchente
Transborde deixando encharcada
Matando a sede ou matando afogada
Vidas espalhadas por aí


Leno de Andrade

Nenhum comentário: