sexta-feira, 20 de novembro de 2009

...E EU DEVERIA TER ODIADO, MAS NÃO CONSEGUI!

Na noite de ontem, vi “A Morte Pede Carona” (2007, de Dave Meyers), desnecessária e abominável regravação de um clássico oitentista do Robert Harmon, por pura obrigação sexual. Meu fornecedor de sêmen estava com a TV ligada, precisávamos de algum barulho para atenuar os ruídos de minha sôfrega movimentação em busca do precioso licor que emanaria de sua uretra e, eventualmente, me deixava contaminar pelas imagens e sons do filme, que, ao final, era muito diferente do original. Depois do orgasmo, comecei a prestar atenção no filme e algo nele me impulsionou, me encheu de fúria e desejo adolescente, fiquei excitado, fiquei empolgado... Parecia até que eu estava a gostar!

O que será que me fez curtir este filme execrável em sua proposta? Preciso fazer uma anamnese para responder a isso: a experiência prévia do diretor enquanto realizador de videoclipes, talvez? A adoção de “Move Along”, de The All-American Rejects, na trilha sonora e, principalmente, de “Closer”, do Nine Inch Nails, numa seqüência demorada e inspiradíssima, me empolgaram, bem como a beleza e sintonia do casal protagonista (Sophia Bush e Zachary Knighton). Sean Bean está muito ruim como o assassino, mas ele é um elemento menor neste filme (ao contrário do que acontecia com o apavorante Rutger Hauer no filme anterior), que parece estar lá apenas para que nos perguntemos qual o sentido moral do desfecho do filme, quando as circunstâncias policiais preparam o momento solene em que a sobrevivente Grace atiraria na cabeça do psicopata: qual o sentido desta cena vingativa? Os adolescentes que respondam, pois eu fui hipnotizado. Juro que quase gostei do filme!

Wesley PC>

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