quinta-feira, 29 de outubro de 2009

SOBRE AQUELAS COISAS DE QUE FALAMOS SEMPRE...

Como o movimento de pessoas com desejos de modificação acadêmica não foi intenso na manhã de hoje, foi-me concedida uma folga vespertina esperada. Ao chegar em casa e receber um prato de comida repleto de coentro, dispus-me a ver um filme mexicano discreto que havia gravado há algumas noites. Chamava-se “O Busto de Emma” (2007, de Marisa Sistach) e cria que ia encantar minha sobrinha pós-adolescente, no sentido de que a trama do mesmo versava sobre a descoberta do crescimento dos seios por parte de uma menina de 12 anos que descobre que Marilyn Monroe não usa sutiã. Por azar, faltou energia elétrica. Fui obrigado a dormir e ler alguns contos de Alberto Moravia, nesta ordem. Percebi, mais uma vez, o quão pode e deve e é político o erotismo. Trouxe à memória algumas impressões matinais que me ocorreram quando observei alguns coletores de lixo a trabalhar. Por que os obrigam a correr tanto? Já não bastava o fedor do lixo, aquele líquido incessante que corria das sacolas, o perigo de cortar a mão com garrafas quebradas?! “A vida é injusta”, diria um amigo meu e um personagem de filme sul-coreano. E, para tornar a situação mais tragicômica, não poderei ver o restante do filme mexicano adolescente e divertido na noite de hoje: outros planos, outros planos...

Wesley PC>

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