sábado, 31 de outubro de 2009

POR FAVOR, ALGUÉM AQUI JÁ VIU “KIMERA – ESTRANHA SEDUÇÃO” (2007), DE PAUL AUSTER?

Preciso descobrir alguém que tenha perpetuada esta façanha urgentemente! Assisti a este hipnótico filme ‘pimba’ na TV aberta na noite de ontem, mas estava a me sentir dopado, de maneira que não sei o que aconteceu nos misteriosos 5 minutos da película... Não que eu tenha dormido efetivamente, mas... Entrei em transe! Delirei, no sentido mais literal da palavra! Não consegui dormir direito depois, remexi-me a noite toda. Segundo a minha mãe, eu fiquei abraçando-a a madrugada inteira e dizendo em voz alta: “obrigado, obrigado!”. O que estaria acontecendo comigo, enquanto espectador-pimba alvo?

Para o caso de alguém ter visto o filme e não tê-lo relacionado ao abominável título brasileiro: “Kimera – Estranha Sedução” é uma estapafúrdia corruptela imaginária para “The Inner Life os Martin Frost”, filme em que o britânico pernóstico e talentoso David Thewlis interpreta um escritor que solicita de amigos a permissão para usar a casa de campo destes, a fim de ficar sozinho e concentrar-se numa história. De repente, aparece uma mulher belíssima (Irene Jacob, uma das musas do Krzysztof Kieslowski) deitada em sua cama, sabendo tudo sobre ele, adoecendo sempre que ele ameaça terminar o conto, de maneira que, num clímax romântico, ele ateia fogo a sua obra, a fim de que ela sobreviva a uma intensa febre. E, quanto mais o romance avança, mas o mistério aumenta: quem é ela? Quem é ele? Que filme bonito e estranho e cheio de problemas é este, meu Deus?!

Acordei ainda zonzo. Não sei se por causa do filme, não sei se por causa da substância misteriosa que creio que puseram em meus cafés, não sei se por causa daquele menino erudito de Direito a quem entreguei um diploma à tarde e conversei algo sobre um filme de nome “A Virgem Desnudada por seus Celibatários” (2000, de Hong Sang-Soo), preciosidade em preto-e-branco a que ele já assistiu e que alimenta violentamente meus sonhos, nem que seja pela inevitável identificação com o magnânimo título nacional. O que está a acontecer comigo? Ou melhor, quem pode me socorrer em relação aos delírios que me impediram a perfeita apreciação do ótimo (para mim) filme do Paul Auster?

Wesley PC>

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