quinta-feira, 24 de setembro de 2009

SE AINDA DER TEMPO...


A partir de que momento se pode declarar uma situação irremediável? Até quando merecemos uma segunda chance? Há um momento limítrofe para a desistência? Até onde se deve ou se pode ir em dados investimentos lidibinais? Quem determina os nossos limites: nós mesmos ou as situações e pessoas que confrontamos? Amor é hierarquizável? Todas estas questões são respondidas (ou, na pior das hipóteses, antecipadas) no maravilhoso filme “O Beijo Amargo” (1964), dirigido pelo subversivo Samuel Fuller, um dos cineastas mais originais e “contrabandistas” que existem num dos filmes mais fabulosos e pessoais com que já tive a glória de entrar em contato. Mediante prévias organizações, este filme será exibido em Gomorra na noite de hoje, às 20h15’. Se alguém tiver interesse de conferi-lo...

Em linhas gerais, a trama é focada numa prostituta careca (interpretada por Constance Towers), vilipendiada sem tréguas pelo cafetão, que foge de sua cidade natal e resolve tentar vida nova noutro lugar, empregando-se como enfermeira numa clínica para deficientes físicos. Torna-se uma funcionária exemplar, uma filantropa modelar, mas as chantagens efetivadas por um policial molestador a fazem questionar a possibilidade de seguir em frente. Acontece o mesmo comigo. Vi-me completamente agraciado pelo filme. Gostaria que o vissem... Gostaria que o vissem!

Wesley PC>

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