segunda-feira, 28 de setembro de 2009

RESOLUÇÃO DE MANHÃ CEDO:


“Dei um aperto de saudade no meu tamborim
Molhei o pano da cuíca com as minhas lágrimas
Dei meu tempo de espera para a marcação e cantei
A minha vida na avenida sem empolgação

Vai manter a tradição
Vai meu bloco tristeza e pé no chão
Vai manter a tradição
Vai meu bloco tristeza e pé no chão”

Na manhã de hoje, senti uma empolgação que há muito não sentia: acordia 2 horas antes de meu horário tradicional de despertar e me arrumar para o trabalho, de maneira que senti que dispunha de tempo livre, de fazer o que quiser, de ler, de ver televisão, de ouvir músicas, de viver ou programar o que me resta de vida, enfim. Programar o que me resta de vida.

Admito que eu incorra no mesmo erro programativo ao longo das semanas: entristeço-me quando pessoas queridas faltam aos compromissos agendados e atenho-me exasperadamente a determinações prévias quando invento de agendar qualquer atividade. Erro meu? Vício derivado de minhas filiações burocráticas? Pode ser, pode não ser... Pode ser apenas um julgamento equivocado de minha parte, mas admito que este tipo de exigência causa-me problemas cada vez mais recorrentes. Tenho que mudar? Não sei. Sei que foi lindo e emcoionante ouvir a imortal Clara Nunes pela manhã:

“Quis você pra meu amor e você não entendeu
Quis fazer você a flor de um jardim somente meu
Quis lhe dar toda ternura que havia dentro de mim
Você foi a criatura que me fez tão triste assim

Ah, e agora, você passa, eu acho graça
Nessa vida tudo passa e você também passou
Entre as flores, você era a mais bela
Minha rosa amarela
Que desfolhou, perdeu a cor”

Quando será que eu poderei cantar isso na vida real?

Wesley PC>

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