segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A PRÓPRIA OBRA DE ARTE


Wesley sugeriu que eu o fizesse inveja ao falar sobre o documentário "Loki". Eu tenho uma certa dificuldade pra escrever sobre filmes, músicas, pessoas, não que eu não faça algum tipo de julgamento, mas tenho dificuldade pra transformar em palavras. De certa forma deixo aqui um incentivo pra quem assistiu falar nos comentários ou em outra postagem sobre o que acharam.

Pois bem, algumas pessoas até me falaram sobre o que acharam ou sentiram naquela sessão única da cinebiografia do gênio Arnaldo Baptista exibida na madrugada de sábado para domingo no cinemark. Ainda durante a sessão Debora me disse que o documentário estava muito saudosista, muito baseado no "ele era", "ele foi". Aí percebi que os discursos das pessoas que participavam do documentário iam por aí mesmo, pelo menos no início, que também poderia ser um documentário sobre Os Mutantes. Nino, que estava embriagado e riu muito, depois me confessou ficar emocionado. Fábio após a sessão me falou pouco sobre o quanto tinha gostado, mas percebi no jeito como falou que realmente gostou muito. Luiz me disse que queria tudo d'Os Mutantes e de Arnaldo Baptista. Eu já gostei antes de assistir.


O documentário apresenta vários pontos já discutidos e conhecidos por fãs sobre Os Mutantes e em particular sobre Arnaldo, como o seu romance com Rita Lee, a saída da Rita da banda, depois a saída do Arnaldo, sua melancolia retratada nos seus discos sem Os Mutantes, sua loucura e seus internamentos em hospícios. Dentre esses pontos o que mais parece não ter consenso acerca das causas é sobre a saída de Rita Lee da banda. De qualquer forma temos contato com relatos, confissões e elogios bastante interessantes de pessoas como Tom Zé, Sean Lennon, Devendra Banhart, Sérgio Dias, Rogério Duprat e do próprio Arnaldo que me emocionou ao dizer que após ter se jogado do quarto andar de um hospício no dia do aniversário da primeira pessoa que o internou (Rita Lee) e ter ficado em coma, se sentia como tivesse sido podado e não possuía mais as folhas secas que antes o cobriam.

A conclusão maior que eu tiro é que Arnaldo Baptista não fez de si apenas um artista, mas fez de sua vida a própria obra de arte.


Leno de Andrade

3 comentários:

Pseudokane3 disse...

Bom...


1 - Conseguiste fazer inveja;
2- Creio já ter gostado deveras do documentário, antes de tê-lo visto;
3- Os elogios são mais do que justificados;
4 - Puxa, a saída da Rita Lee ia ser minha maior curiosidade;
5 - Tomara que eu não pule de um prédio também... Não sei se já sou digno de um documentário (risos), mas que tenho vontade de pular de vez em qaundo, ai, ai... Vem, Rita Lee, cuidar de mim!

WPC>

Unknown disse...

haha Roger disse que queria um documentário sobre ele também, mas eu disse que pela idade que ele tem ainda vai ser um curta-metragem.

Pseudokane3 disse...

Tenho 28 - O meu já pode ser um média-metragem? (kkkk)

Olha que já tenho estória pra dedéu!
Elogios e anti-elogios também...

Ui...Exibicionismo na veia!

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