quinta-feira, 13 de agosto de 2009

EU SUPORTARIA UMA HECATOMBE!


Depois de suportar quase 12 horas consecutivas de lamúrias e reclamações no trabalho, encontrar “o homem de minha vida" na rua e ficar com receio de abraçá-lo em público e ouvir músicas trágicas num fone de ouvido enquanto faltava energia e chovia, percebi que suportaria uma hecatombe, que me manteria tranqüilo em situações em que todos ao meu redor estivessem em desespero. Eu caminhava lentamente, pensando em que pretexto usaria para obter um desejado filme do Timur Bekmambetov, enquanto minha mãe me ligava desesperadamente no celular. De que me adiantaria atender ao celular num local escuro, potencialmente perigoso (qual não é?) e em meio a jorros fluviais? Algumas pessoas gritaram quando a luz se extinguiu. Outras apenas se escondiam sob toldos, aguardando a chuva passar. Eu imaginava que o local estivesse a pegar fogo, que cometas caíam na Terra, que água e comida se extinguiam, que pessoas desesperadas saqueavam e estupravam seus semelhantes, cientes e temerosos de que teriam poucas horas de vida. E eu falava a mim mesmo que nada adiantava – e Rafael Maurício está de volta!

Wesley PC>