domingo, 9 de agosto de 2009

“AS PESSOAS NÃO SÃO IMPORTANTES PARA ELE”

Horários, programas de televisão, idiossincrasias e rotinas, sim! Assim é o personagem Raymond Babbit (Dustin Hoffman), protagonista do ótimo filme “Rain Man” (1988, de Barry Levinson), visto inúmeras vezes na TV, onde sempre cortavam os créditos finais, de maneira que eu nunca soube que as fotografias captadas pela máquina do personagem principal eram reveladas. Coelhinho viu este filme recentemente e disse que lembrou de mim. Eu lembrei de outra pessoa. Infelizmente, o autismo voluntário e sentimental é cada vez mais comum na manifestação de capitalismo que assola minha cidade-natal. Vi o filme com minha mãe, que também achou o personagem parecido comigo, que, por minha vez, fiquei encantado com a solicitude de Valeria Golino, que vive a namorada do personagem de Tom Cruise, que serve como uma espécie de consciência, que beija seu cunhado no elevador, que se enraivece quando percebe que dinheiro é o motor do círculos sociais que freqüenta. Desgosto da verborragia cara ao diretor, mas o filme é um grande achado hollywoodiano. Compensa qualquer desvio melodramático: pessoas daquele jeito existem! Daqueles três jeitos...

Detalhe: a frase foi utilizada para definir o autista, mas se aplica ainda melhor ao capitalista. Conclusão sofismática: os capitalistas são autistas! (vide página 768 do guia “1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer)

Wesley PC>

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