sexta-feira, 31 de julho de 2009

QUANDO EU ACHAVA QUE k.d. lang ERA APENAS UMA CANTORA ‘GAY’ (EM 3 TÓPICOS, UM TRECHINHO DE MÚSICA LIVREMENTE TRADUZIDO E UM PRÉ-P.S.):

- Foi mais ou menos assim que, em 1993, aos 12 anos de idade, eu fui apresentado à cantora canadense k. d. lang (que insiste em escrever seu nome em letras minúsculas!): tendo seu buço raspado pela modelo seminua Cindy Crawford. “Bonito manifesto midiático”, pensei, mas não me interessei de imediato por sua música. Mal da idade;

- Em 2006, ela surge magnificamente caricata num bar lésbico do filme “A Dália Negra”, de Brian De Palma. Já me interessava bastante pelas músicas interpretadas por ela que eu tinha ouvido, mas ainda não havia dado o pontapé auricular definitivo: k. d. lang permanecia para mim como um mito publicitário. Uma cantora ostensivamente lésbica e vegetariana, que eu admirava sem ter prestado atenção a suas composições;

- Até que chega o último dia de julho de 2009 e eu tenho a oportunidade ideal para ouvir a metade inicial de “Ingènue” (1992). Fiquei encantado por aquele som de cabaré tardio, pelas letras arrasadas, pelas suspeitas de homossexualidade que só seriam confirmadas publicamente no ano seguinte ao lançamento do álbum. Ela é tão expressiva! “The Mind of Love” é tão intensa... Recomendo!

“Falar sozinha me causa grande preocupação com minha saúde
Onde está a tua cabeça, Kathryn? Onde está tua cabeça?
Eu tento escapar deste constato impulso para a dor
Por que tu lutas, Kathryn? Por que tu lutas?
Certamente, a esperança irá chegar em breve
E a cura para estas feridas auto-infligidas
Por que tu te feres, Kathryn? Por que tu te feres?
Teu coração pode esconder o que o estado do amor revela?”


PRÉ-P.S.: Kathryn é o prenome da cantora.

Wesley PC>

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