quarta-feira, 8 de julho de 2009

EU SOU UM HOMEM DEPRESSIVO?


Peço licença para tocar em mais um assunto pessoal aparentemente comiserativo, mas é uma dúvida que está a me incomodar deveras: será que eu padeço destas doenças psicológicas que tanto levam pessoas queridas ao suicídio? Por mais que eu conheça as causas de minha tristeza reativa sobressalente (a subsunção voluntária a paixonites sem futuro, a rejeição ostensiva aos males do Capitalismo, a projeção exagerada sobre o bem-estar imaginário das pessoas que amo, conhecer de perto a dolorosa sensação de ser rejeitado pelas pessoas, etc.), questiono se existe algum mecanismo psicológico defeituoso que me torna prisioneiro deles. Sei que, no caso específico do Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), há uma interrupção sináptica que nos deixa obcecados com uma dada atividade supostamente interrompida, mas... E no restante?

Todos nós conhecemos casos de pessoas queridas de pessoas que padeceram de depressão, registrada como doença pela Organização Mundial da Saúde. Estarei eu numa possível lista de espera ou a ciclotimia (instabilidade humorística crônica) de que tanto me orgulho não passa de um artifício para chamar, em vão, a atenção alheia? Não me sinto apto a responder. Porém, sinto que as pessoas mostradas na foto têm muito a ver com meus estados de espírito dominante: minha mãe, toda contente ao carregar uma vela sobre o bolo de aniversário de meu irmão caçula, que completava 26 anos nesta data. Ela, precisamente, adentra hoje os 67 anos de idade. Amo-a de verdade, mas me incomodo por não conseguir comemorar adequadamente esta data, visto que me sinto carcomido por um estranho mal-estar, por uma infelicidade profunda que ocupa meus pensamentos e me leva a gastar preciosos minutos lamentando-me em frente a um computador. Que seja! Vou ler alguma coisa, tentar ver algum filme com ela...

Desculpem o chororô. Vai passar, vai passar...

(Espero, ao menos!)

Wesley PC>

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