quinta-feira, 9 de julho de 2009

ALGUMAS OBSERVAÇÕES PRIMÁRIAS E SUBJETIVAS SOBRE O “DEATH MAGNETIC” (2008), DO METALLICA


Há 3 anos atrás, convidaram-me para um luau, atividade de madrugada na praia que acho deveras agradável. Tão agradável que não construo expectativas de caráter sexual que, em qualquer outro momento de minha vida (salvo talvez quando vejo filmes) tem papel proeminente. Chegando ao local de encontro, descubro que o luau foi transferido para uma casa abandonada, onde se desenrolaria uma festa de adolescentes. Era mais de meia-noite. Não tinha como voltar atrás! Fui à tal festa e, obviamente, fiquei entediado com o excesso de drogas. Tencionei dormir numa escada de madeira, mas não consegui. De repente, eram 3 horas da manhã!

Quando desci da escada, encontrei alguns dos meninos já bêbados, outros dormindo e um grupo de pessoas aparentemente legais conversando. Sentei-me com eles, que ouviam, sob protesto, o álbum “St. Anger” (2003), do Metallica, do qual um dos meninos era fã. Foi justamente por este que eu me interessei. Conversamos. Alguns minutos depois, estávamos trocando carícias leves ao som de “Frantic”, faixa que foi repetida inúmeras vezes. Assim conheci Ramon, o mais importante pré-Perfeito de minha vida.

No dia 1º de janeiro de 2006, Ramon me telefona, dizendo que não quer que nunca mais eu fale com ele. Os acordes de “Frantic” naquele ano foram substituídos, em minha vida, pelos acordes melancólicos de Gustavo Santaolalla para a trilha sonora de um filme que vi 5 vezes na mesma semana. Chorei que me acabei, mas continuei gostando muito do Metallica. O melhor aspecto de minhas paixonites, portanto, é este: aprendo mais, fico antenado com as preferências culturais de outrem!

Ontem à noite, em meio a uma de minhas crises existenciais, decido baixar o mais recente álbum do Metallica, “Death Magnetic”, lançado em setembro do ano passado. Achava que não fosse gostar, dado que, de cara, não simpatizei deveras com o primeiro ‘single’ e videoclipe lançados, “The Day That Never Comes”. Ouvindo o álbum completo, de ontem para hoje, refiz meu julgamento sobre esta canção e achei-a interessante, uma das melhores do álbum, junto a “Unforgiven III” e “That Was Just Our Life”. De resto, achei as construções instrumentais das 7 canções restantes muito semelhantes, mas admito que o álbum é interessante, sim. Quase “feminino” em sua profusão romântica, à beira do suicídio, conforme aconteceu com o senso de paixonite frustrada que tanto me acomete. Mas ainda estou ouvindo-o. Quem sabe eu goste mais (ou menos) dele daqui por diante...

O que importa é que Ramon permitiu que eu falasse novamente com ele de vez em quando. Talvez eu esteja um pouquinho mais “perdoável” agora!

“How can I be lost, if I've got nowhere to go?
Search for seas of gold,
How come it's got so cold?
How can I be lost?
In remembrance I relive.
And how can I blame you,
When it's me I can't forgive?”

Wesley PC>

Um comentário:

Jeorgelis Martins disse...

Pois é... mas o que seria de nós sem os sentimentos? Particurlamente gostei do DM, achei uma volta as origens do grande Metallica, mas com uma sonoridade atual. Fazendo-me esquecer (felizmente) dos medianos Load (1996) e Reload (1997) e do quase abominável St. Anger (2003). Dia 04 de agosto esta chegando... Estarei vendo Nosferatus na noite do mesmo dia como presente?