quarta-feira, 17 de junho de 2009

SOBRE A IRMANDADE: IMAGENS, SONS E TEXTOS QUE ANTECIPAM UM BOM SONO


No afã por ver algo agradável antes de dormir, deparo-me com “Vizinhos” (1952), um simpático curta-metragem Norman McLaren, famoso por ser um pioneiro da animação, ao realizar desenhos na própria película de cinema. Este filme, porém, vencedor de um Oscar na categoria de curta-metragem, utiliza atores reais, que sucumbem ao ‘stop-motion’, técnica de animação em que objetos parecem mudar de lugar ao serem fotografados de diversas maneiras enquanto liga-se e desliga-se a câmera. Na trama do filme, dois vizinhos lêem calmamente seus jornais em frente a suas casas. No jornal de um deles, há a mensagem de que haveria paz se não fosse a guerra. No jornal do outro, a mensagem de que haveria guerra se não fosse a paz. Uma mulher nasce entre eles e embriaga-os com o perfume. Eles interagem nesta embriaguez odorífera. Cada um dos dois vizinhos, porém, resolve pôr uma cerca em volta da perfumada flor. Ambos brigam. As mulheres e filhos dos dois vizinhos são pisoteados. Ambos morrem, ao final de uma violenta peleja, em que as faces de ambos ficam pintadas como se fossem indígenas belicosos. Túmulos são cercados por pedaços de tábuas outrora usados para construir cercas em volta da flor, que, após ser estraçalhada na briga, dá origem a duas outras flores, que nascem sobre os respectivos túmulos dos vizinhos mortos e enterrados. Surge, então, uma mensagem multilíngüe: AME AO TEU VIZINHO!

Gostei de ter revisto este filme, assim de supetão. Minutos antes, estive justamente na casa de um vizinho, que me pediu que eliminasse alguns vírus de seu computador. Vasculhando o histórico do mesmo, percebi a recorrência de muitos vídeos pornográficos. Geralmente me frustro com isso, mas, desta vez, dei de ombros. Minutos depois estava misturando dois tipos de sêmen em minha garganta.

Lembrei, então, do sonho que tive nesta madrugada: um conhecido virtual, desses que se acham gostosos (tadinho!) era meu irmão onírico e, junto a dois amigos bonitos e acéfalos, não me deixava dormir, fazia muito barulho. Reclamo com ele, que sai da sala, não sem antes tomar banho. Pela demora embaixo do chuveiro, percebo que ele não estava apenas a se banhar. Perdi o sono. Quando ele sai do banheiro, percebo um jato der esperma na parede. Lambo sem a menor cerimônia. Ao invés de acordar excitado, acordei psicologicamente atormentado: tocava uma música evangélica no despertador do celular de minha irmã de 44 anos, que passa esta semana em minha residência, obrigando-me a dormir no sofá. Imaginei se ela gosta de The Carpenters, casal de irmãos canoros e românticos que agora ouço. Ela dorme. Acho que vou fazer o mesmo...

“Love, look at the two of us
Strangers in many ways
We've got a lifetime to share
So much to say
And as we go
From day to day
I'll feel you close to me
But time alone will tell
Let's take a lifetime to say
"I knew you well"
For only time will tell us so
And love may grow
For all we know.”


Wesley PC>

Um comentário:

Annita! disse...

odeio meu svizinhos...kkkkkkkkkkk