domingo, 21 de junho de 2009

RENASCE UM CLÁSSICO!


Não sei que estranha força permite uma coisa destas, mas, no mundo, ainda existem pessoas que estimo e que não viram “Cães de Aluguel” (1992), uma das várias obras-primas do Quentin Tarantino. Recentemente, uma dessas pessoas mui estimadas solicitou que eu emprestasse um DVD com o referido filme. Como é de praxe nesse tipo de situação, assisto ao que foi requerido antes de emprestar, a fim de que eu não fique preso ao tique materialista de obter o DVD de volta. Dediquei, portanto, a tarde deste domingo à revisão de uma das obras seminais do filme policial na década de 1990. Já tinha feito isso umas 15 vezes, mas fazia uns dois anos que não revia o filme. Ainda estou cá chocado: é uma obra de arte literalmente perfeita!

Na abertura, uns dos 7 minutos discursivos mais geniais da História do Cinema. De um lado, alguém querendo lembrar o nome de uma conhecida oriental. Do outro lado, exegeses sobre letras de canções da Madonna. Ao centro, subitamente, uma discussão epistemológica sobre a função da gorjeta na economia norte-americana. Nascia uma obra-prima! Na trilha sonora, “Little Green Bag”, por George Baker Selection.

A cada nova cena que se deslindava frente a meus olhos encantados, ficava ainda mais encantado. Identifiquei-me com muitos aspectos da personalidade do Mr. Pink (o sempre histriônico Steve Buscemi) e vi no magnânimo flashback intra-flashback do personagem Mr. Orange (Tim Roth) uma extraordinária fonte de conversas futuras sobre a importância de se falar (ou não) sempre a verdade. Não conseguia para de me encantar com o filme. É perfeito! Perfeito! Como pode haver ainda pessoas estimadas que não o tenhas visto? Como eu permito isso?

Por medidas de segurança narrativa, convém interromper aqui as observações sobre o filme, dado que qualquer informação vazada pode estragar o gozo do espectador virginal, mas... Puxa, alguém acha estranho que, na vida real, alguém tenha imitado aquela cena em que o Mr. Blonde (Michael Madsen) tortura um policial pelo simples prazer de causar mal a uma classe que despreza? Quentin Tarantino é mesmo um gênio! E que venha “Bastardos Inglórios” (2009)!

Wesley PC>

Um comentário:

Fábio Barros disse...

Mermão... esse filme é muito foda.
Quando li esse esse post aqui ontem, tive que revê-lo.

Pago pau pro posicionamento das câmeras, fotografia, ou qualquer que seja o termo certo pra isso.
Lembram gibi.