terça-feira, 9 de junho de 2009

O “DESCONHECIDO MERECIDO”


Foi assim que eu salvei esta foto em meu computador quando a encontrei ilicitamente numa das páginas pessoais de alguém que conheço. Trata-se do namorado de uma amiga e, em minha opinião, esta criatura retratada corresponde a uma das 3 pessoas mais bonitas que existem na UFS (supondo que eu consiga falar em Beleza quando o Perfeito não está por perto!).

Pois bem, para além de esta criatura ser realmente muito bonita (e de o restante da foto lhe fazer muito jus, seja pela combinação com o restante da paisagem, seja pelo modo como seu corpo é exibido), sempre obedeci a critérios muito próprios, no paroxismo da idiossincrasia, no que se refere aos meus julgamentos particulares de beleza física humana. Nestes critérios, uma palidez ou esqualidez inerente à pele da pessoa e a supremacia facial em relação às demais partes da anatomia sempre me foram exigências destacáveis, mas, ultimamente, até mesmo estes suportes classificativos estão a cair por terra... O que é um corpo bonito? Para que serve quando nos apaixonamos e ignoramos os defeitos de quem se torna objeto de nossa atenção? Quanto tempo dura a nossa reação a este tipo de beleza?

Situações engraçadas a este respeito me aconteceram ontem (e peço licença à minha Perfeitolatria para comentar o assunto): o moço da foto visitou-me em meu trabalho a fim de resolver um problema de nossa amiga em comum; encontrei um moço de óculos, magrelo e com cara de ‘nerd’, que eu admirava, numa academia de ginástica e isto me encheu de ojeriza; fui “paquerado” ocular e labialmente por um jovem afetado e gracioso (admito) enquanto eu o entregava uma Declaração de Matrícula. Evidentemente, todas estas situações atípicas de (re)questionamento erótico esmiuçaram-se quando enfrentei gotículas chuvosas noturnas ao lado do Perfeito. Neste último momento, não somente tudo o que acontecera até então perdera o seu sentido de afecção como parecia haver uma motivação para os momentos que se seguiriam. “A vida é mesmo como uma escada rolante de ‘shopping center’”, seria a conclusão a que eu chegaria depois disso!

Mas, voltando: antes de existir o Perfeito enquanto perfeito, eu e dois terços andromaníacos da UFS admirávamos a configuração estética do moço da foto. Alguns desgostaram dele muito rapidamente, pois o consideravam tolo e deslumbrado. Depois que eu ouvi sua voz, percebi que ele é, para além de suas condições de classe, terno e que possui bom gosto musical. E que, evidentemente, não liga para o que acham dele, visto que, dentro de suas limitações, é feliz e muito bem-relacionado. Basta! Adicionei, portanto, este adesivo sorridente em sua face, a fim de que ele, que possui um elevado conhecimento das leis penais brasileiras, não me impute um processo por divulgação não-autorizada de sua imagem. Mas fica a reflexão truísta: beleza não é tudo. Se eu me apaixonasse por Luiz Ferreira Neto ou Marcelino, talvez estes fossem também “perfeitos” para mim (será?). Ou talvez não. Ou talvez nem valha a pena pensar nisso, dado que o Perfeito real voltou a sorrir... “A vida é mesmo que nem uma escada rolante de ‘shopping center’”!

Wesley PC>

Um comentário:

BrokenAngel disse...

Às vezes também penso nisso... Em como pensamos tanto no que gostamos fisicamente, mas depois quando nos apaixonamos essas idealizações perdem todo o sentido...