terça-feira, 16 de junho de 2009

L’AMOUR EST UNE PRISON?


Une prison volontaire, peut-être!

Francois Truffaut sentia-se deslocado. Não gostava de sua família e, revoltado por dentro, descarregava suas emoções de forma muito intensa e, um dia, foi preso, enviado a um reformatório correcional. Roubava cartazes de filmes, amava a vida, amava o cinema. Um dia, é adotado pelo genial crítico André Bazin e torna-se um dos mais apaixonados defensores fílmicos da História. Em 1959, estréia em longa-metragem com o clássico “Os Incompreendidos”. Seu pai adotivo morrera de tuberculose no ano anterior.

Por uma gama de motivos, para além destes citados, “Os Incompreendidos” é um dos filmes mais emocionantes e emocionais que eu já vi. É praticamente uma autobiografia do diretor, de maneira que o ator que interpreta o adolescente protagonista, Jean-Pierre Leaud, repetiria seu papel por mais quatro filmes, ao longo dos 20 anos posteriores. Vidas se confundem nesta admirável pentalogia com o personagem Antoine Doinel!

A trama é de uma simplicidade apaixonante: o adolescente Antoine não gostava de sua família e, revoltado por dentro, descarrega suas emoções de forma muito intensa. Um dia é preso e enviado a um reformatório correcional. Roubava cartazes de filmes, amava a vida, amava o cinema. A trilha sonora terna de Jean Constantin faz qualquer um chorar!

A quem interessar possa, este filme belíssimo, essa extraordinária experiência de vida será exibida, às 19h, no Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira. Mesmo o local sendo problemático, a sessão vale demasiado a pena. Na pior das hipóteses, quem ver o filme entenderá de supetão por que François Truffaut é “o cineasta do amor difícil”. Tão difícil que se torna quase impossível...

Wesley PC>

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