terça-feira, 16 de junho de 2009

EXERCÍCIO DE HUMILDADE HERMENÊUTICA: “O NOVO SEMPRE VEM”!


“Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantado com uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento o cheiro de nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração”...


Admito: por mais que eu ache a canção admirável, não entendo o que ela defende. Ou talvez entenda, mas não compreenda adequadamente o contexto e termino por discordar: tenho medo do novo, o novo me apavora! Mas, independente disso, não acho que ele exclua o velho. Ambos podem (e devem) conviver muito bem – ou não? Segue abaixo o trecho que mais me assombra:

“Nossos ídolos ainda são os mesmos
E as aparências não enganam não
Você diz que depois deles, não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que eu tô por fora
Ou então que eu tô inventando...
Mas é você que ama o passado
E que não vê
É você que ama o passado
E que não vê que o novo sempre vem”...


Amo o passado. Talvez eu não esteja realmente a entender o que a canção quer passar. Repito mais uma vez, interrogativamente: como interpretar esta canção? A quem a crítica se destina? De quem é a culpa? O desentendimento é também um estratagema de inassunção?

Wesley PC>

2 comentários:

Unknown disse...

ele ainda diz em outra música que "o passado é uma roupa que não nos serve mais", coitados dos historiadores hehehe.

Pseudokane3 disse...

Pois é, e a Elis gravou esta outra música VELHA ROUPA COLORIDA ou algo do gênero logo em seguida, no FALSO BRILHANTE, do mesmo compositor, como frisaste, Charlão...

Estava a conversar sobre isso com Maurição hoje cedo e, puxa, por mais que ele tenha defendido alguns aspectos da canção, estas frases destacadas por mim e tu são, no mínimo, "suspeitas", não é não?

Aguardando mais opiniões... ou réplicas... ou tréplicas.

Fala, Belchior!

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