“Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantado com uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento o cheiro de nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração”... Admito: por mais que eu ache a canção admirável, não entendo o que ela defende. Ou talvez entenda, mas não compreenda adequadamente o contexto e termino por discordar: tenho medo do novo, o novo me apavora! Mas, independente disso, não acho que ele exclua o velho. Ambos podem (e devem) conviver muito bem – ou não? Segue abaixo o trecho que mais me assombra:
“Nossos ídolos ainda são os mesmos
E as aparências não enganam não
Você diz que depois deles, não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que eu tô por fora
Ou então que eu tô inventando...
Mas é você que ama o passado
E que não vê
É você que ama o passado
E que não vê que o novo sempre vem”... Amo o passado. Talvez eu não esteja realmente a entender o que a canção quer passar. Repito mais uma vez, interrogativamente: como interpretar esta canção? A quem a crítica se destina? De quem é a culpa? O desentendimento é também um estratagema de inassunção?
Wesley PC>
2 comentários:
ele ainda diz em outra música que "o passado é uma roupa que não nos serve mais", coitados dos historiadores hehehe.
Pois é, e a Elis gravou esta outra música VELHA ROUPA COLORIDA ou algo do gênero logo em seguida, no FALSO BRILHANTE, do mesmo compositor, como frisaste, Charlão...
Estava a conversar sobre isso com Maurição hoje cedo e, puxa, por mais que ele tenha defendido alguns aspectos da canção, estas frases destacadas por mim e tu são, no mínimo, "suspeitas", não é não?
Aguardando mais opiniões... ou réplicas... ou tréplicas.
Fala, Belchior!
WPC>
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