quinta-feira, 18 de junho de 2009

É ESTRANHO SER RELIGIOSO NUMA HORA DESSAS?


Não vejo por que sim! Ainda aproveitando as epifanias vivenciadas durante a inicialmente problemática sessão de “Je Vous Salue, Marie” (1985, de Jean-Luc Godard) hoje mais cedo, a fé num conceito de Deus pode muito bem assimilar-se positivamente aos conflitos inevitáveis do sofrimento voluntário da “resignação a ser amado”, conforme pronuncia a protagonista, enquanto se revira na cama, sofrendo por imaginar que um Deus existe. Um Deus existe. Deus existe? Nestas horas, apelo para Blaise Pascal, meu eterno filósofo favorito:

““Os que vivem no desregramento dizem aos que vivem na ordem que são estes que se afastam da natureza, e julgam segui-la: como os que estão num barco julgam que os que estão na margem fogem. A linguagem é semelhante em toda parte. É preciso ter um ponto fixo para julgar. O porto julga os que estão no barco, mas onde conseguir um porto na moral?” (fragmento 383)

E, até hoje, não vejo por que o amor a Deus e a compulsão por sexo oral podem ser impulsos contraditórios!

Wesley PC>

Um comentário:

Fábio Barros disse...

Se existe um deus ou não, nunca vamos saber. O ser humano não é capaz disso.

É, tenho tendências agnósticas.