terça-feira, 9 de junho de 2009

APENAS MAIS UM NAS ESTATÍSTICAS?


De manhã, ouvi por acaso uma matéria jornalística sobre o alto índice de suicídios no mundo. Segundo o jornalista que apresentava a matéria, mais de uma pessoa atentava contra a própria vida por minuto e, de acordo com pesquisas, 95% destas mortes podem ser evitadas com um tratamento médico adequado contra depressão. Passei, então, a relembrar meus súbitos (e felizmente abandonados) anseios por suicídio. Desde adolescente, eu imaginava o meu suicídio ideal como sendo aquele em que eu me atirava em frente a um ônibus. A rua inteira pararia o que estava fazendo para ver meu corpo, que estaria calculadamente nu. Quando me disseram que o motorista do veiculo poderia sofrer graves processos em virtude da prática de homicídio culposo, abandonei muitos destes anseios. Os suicídios solitários, por outro lado, ou doem demais ou não garantem o nível de publicidade que eu desejaria obter com tal autoflagelo mortífero. Aliás, ser apenas mais um número nas estatísticas não me agrada (risos) e, arrisco dizer, motivos para depressão talvez possam ser evitados de outra forma nos 5% restantes dos casos, o que me leva a outra observação: quando pequeno, aos 5 anos de idade, fui sexualmente molestado por um homem de 24. Este fora assassinado durante um roubo fracasso, quando voltava de uma festa no Bairro Rosa Elze. Foi o primeiro enterro de que participei na vida. Fiquei triste não porque ele tinha morrido, mas porque seu pênis tinha isso com ele. Era uma criança pequena e, por não ter consciência do que era moléstia à época, sentia falta da manutenção de minha libido falocêntrica. Até que descobri que meus outros vizinhos vivos (alguns da mesma idade que eu) também continham pênis debaixo de suas roupas. Anos depois, aprenderia a diferenciar amor e desejo sexual. Continuo vivo!

Wesley PC>

2 comentários:

Unknown disse...

Um conhecido meu se jogou na frente de um trem a um mês na Grande São Paulo, foi uma forma bastante eficiente, chocante e maquinista nada sofre, pois sempre alguém faz isso.

Pseudokane3 disse...

Jé tenho o que fazer quando for à Grande São paulo? (risos) Não me dê idéia não (KKK)...

Mas já era, já era, esse tempo já passou , espero...

Depois que morre, "um conhecido" (risos), eu? Não! Estatísticas jamais! Nem pelo contador da Biblioteca eu passo (risos)

WPC>