segunda-feira, 22 de junho de 2009

ANEDOTA ESCOLAR (AO MENOS, NO PRINCÍPIO)


Enquanto eu não sou oficialmente apresentado à cantora alemã Ute Lemper (tudo é pretexto, meu bem!), que regrava canções de Nick Cave and the Bad Seeds, Elvis Costello e Tom Waits, mas tem uma sonoridade vocal que muito lembra Siouxsie and the Banshees ou Lacrimosa, e de quem tive o prazer de ouvir algumas canções pela manhã, enquanto era preenchido pelo mais legítimo, desejoso e agradável dos odores humanos, trago aqui uma rememoração escolar que acaba de me ser bastante útil no plano profissional (objetivo: mostrar que algumas das aparentes bobagens que recebemos forçosamente na escola ser-nos-ão essenciais para a sobrevivência no mundo).

Contexto: fui intimado a digitar uma Comunicação Interna há pouco, no local onde trabalhando, requerendo a substituição de minha chefa por uma servidora, em virtude de férias regulamentadas constitucionalmente. No referido documento, escrevi o adjetivo “ferial”, comuníssimo, mas que causou uma breve polêmica lingüística entre meus colegas de trabalho. Lembrei, então, o episódio escolar anunciado desde o começo, em que, na 5ª série do ensino fundamental, aos 11 anos de idade, fui apresentado ao tal adjetivo, no mesmo dia em que descobri que o feminino de oficial é oficiala e que virgem e viagem são palavras que designam coisas radicalmente diferentes (ao menos, eram na época). Atirei um sapato sujo de lama contra a professora de Português, em plena sala de aula, que abriu uma padaria e me vendeu um quilograma de farinha sem cobrar. As coisas mudam!

E é isso que eu tinha para escrever, mas... Novos minutos, novos sentimentos. E Ute Lemper canta Nick Cave & Kathleen Brennan:

“The bone must go
The wish can stay
The kiss don't know
What the lips will say

Forget I've hurt you
Put stones in your bed
And remember to never
Mind instead”


Da canção “The Part you Throw Away” (“A parte que tu jogaste fora”)

Wesley PC>

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