terça-feira, 5 de maio de 2009

O 18º CAPÍTULO DO MAIS FAMOSO LIVRO DE ERIC HOBSBAWM (OU REMEMORAÇÕES CIENTÍFICAS DA SAUDADE DO MOÇO DE AZUL)


“A desconfiança e o medo da ciência eram alimentados por quatro sentimentos: o de que a ciência era incompreensível; o de que suas conseqüências tanto práticas quanto morais eram imprevisíveis e provavelmente catastróficas; o de que ela acentuava o desamparo do indivíduo, e solapava a autoridade. Tampouco, devemos ignorar o sentimento de que, na medida em que a ciência interferia na ordem natural das coisas, era inerentemente perigosa”. (p. 512, da 2ª edição da Companhia das Letras, impressa em 2005)

Com este sumário, o genial e sinóptico autor explica o porquê de tantos cientistas mundiais descambarem para a politização efetiva, seja no plano partidário propriamente dito seja no plano simplesmente anticlerical. O mesmo, infelizmente, não pode ser dito sobre os estudantes de Ciências Exatas que costumo atender no setor administrativo em que trabalho, dado que estes mostram-se incontinentemente preocupados com as vantagens fiduciárias de suas futuras profissões e dum inegável destaque solitário no plano da especialização temerosa (formaram-se em áreas de conhecimento que não causam tanto fervor teórico na grande maioria das pessoas!). Wendell Pereira Barreto é uma louvável exceção. Dois minutos de conversa com ele são bastantes para percebermos o quanto ele valoriza pessoalmente (e macrocosmicamente) aquilo que estuda. Afinal de contas, quantas pessoas que tu conheces utilizam paradigmas físicos para explicar o que uma pessoa sente por outra?

Uma coincidência interessante na leitura deste ótimo capítulo hobsbawmiano está no fato que, desde o último dia de abril, aguardo com ansiedade a visita prometida inúmeras vezes pelos técnicos de um serviço de telefonia a minha casa. Como eles são os detentores locais desta tecnologia, resta-me aguardar enfurecido, enquanto telefono repetidas vezes para a central de atendimento ao consumidor e despejo reclamações que são tratadas com um vão desprezo. O mesmo não se dá com o referido moço de azul, que prontamente me responde sempre que externalizo aqui qualquer problema sentimental, mesmo que este não pareça de sua alçada imediata. Brilhante moço!

É neste momento que trago à tona um questionamento recorrente de meu amigo Rafael Coelho: “achei estranho que tu não tenhas te apaixonado por Wendell, Wesley! Ele faz bem o teu tipo e, acima de tudo, conseguiu conquistar todos nós”. Eu sempre respondo com um chiste verídico: “quem disse que não, Coelhinho?”. Este pretenso verme deixou marcas indeléveis em cada um de nós em Gomorra. Quanto ao moço de costas que compartilha a fotografia com ele...

Wesley PC>

2 comentários:

ju disse...

è Urlinho,marcas em todos nós!!!!de todos os tamanhos,dimensões,cores,........

Pseudokane3 disse...

Quem me deixou MARCaS também foi o outro (risos), só que não tão boas...

WPC>