segunda-feira, 13 de abril de 2009

POR QUE A GENTE DEPENDE TANTO DAS PESSOAS?


Atesto que, idiossincraticamente, como tudo o que faço, costumo recusar-me a ler ou ver entrevistas de artistas e/ou pessoas que aprecio. Motivo: prefiro distinguir especificamente onde começa a obra de uma pessoa e até esta independe de detalhes mais obscuros de sua vida pessoal, ao menos no que diz respeito à detecção de contradições óbvias (quiçá inaceitáveis) ou traços de caráter que beirem a hipocrisia. Pode parecer tolice, eu sei, mas é idiossincrasia, está acima de mim!

Ignorando-se os motivos que me levaram a escrever as bobagens do primeiro parágrafo (leia-se: justificativas recorrentes de minha personalidade insana), entrei em contato com o mais recente álbum do declaradamente assexuado artista inglês Morrissey, “Years of Refusal” (2009), cuja faixa 03, “Black Cloud”, contém os seguintes versos:

“Aquele que eu amo está bem próximo
Aquele que eu amo está em todo lugar
Eu posso te encontrar, eu posso te divertir,
Mas não há nada que possa fazer com que tu sejas meu!
Nuvem negra, nuvem negra...
Aquele que eu amo empoleira-se na minha mente
Pode tanto quebrar esta maldição quando incrementar este inferno
Eu posso te caçar, eu posso te agarrar
Mas não existe nada que possa fazer com que tu sejas meu!”


Ouvir estas palavras saírem da boca de alguém que beira a castidade pós-virginal (e que, para piorar, foi, por muito tempo a principal influência musical do promiscuamente falecido Renato Russo) só aumenta o meu tormento! Ate as 21h desta segunda-feira, 13 de abril de 2009, eu nunca havia ouvido esta canção. Agora, às 22h58’, já devo estar na 29ª execução. Identificação tem esse tipo de problema!

Wesley PC>

2 comentários:

Unknown disse...

ouvi dizer q esse seria o último album dele.

Pseudokane3 disse...

Se realmente assim o for, querido tio, ele escolheu uma magnífica oportunidade para se despedir da Música, pois o álbum é maravilhoso!

Te recomendo muito desde já!

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