terça-feira, 14 de abril de 2009

“FOR TODAY, I’M A BUOY”!


“Quando eu crescer, vou ser uma linda mulher
Quando eu crescer, vou ser uma linda garota
Mas, por enquanto, eu sou uma criança
Por enquanto, eu sou um garoto”...


Assim cantarola (e porventura lamenta) Antony Hegarty e seus companheiros de banda numa das canções mais insuspeitadamente infelizes que já ouvi em vida, infeliz justamente porque a esperança que ela supostamente emana redunda numa impossibilidade, numa falácia biológica que até pode ser corrigida medicinalmente, mas cujas possibilidades não estão dispostas na canção.

Por que, ao invés de estar dormindo, estou cá a escrever estas linhas? Em primeiro lugar, porque tecer elogios ao grupo Antony and the Johnsons é uma atividade a que estou disposto 24 horas por dia; em segundo lugar, porque, ao observar um vizinho motoqueiro trocar de roupa (com a porta de seu quarto inadvertidamente aberta) na noite de hoje, percebi que não sou tão “broxa” quanto costumo alegar a meu muso baiano. Sim, acho que ainda sou capaz de ter ereções! Isto me fez recordar de um episódio em que perguntei a Lucas Ferreira o que ele fazia com seu pênis quando praticava sexo anal de forma passiva. Não sei se lembro ao certo da resposta, mas parece que ele me disse que o referido órgão sexual ficava inane, flácido e imóvel enquanto seu parceiro sexual metia sua genitália cilíndrica no ânus de nosso famoso Cobra. Fiquei imaginando se aconteceria o mesmo comigo numa situação semelhante...

Por falar no assunto, acho tão incomodo quando encontro homossexuais masculinos que referem-se a si mesmos e aos seus companheiros utilizando adjetivos flexionados no feminino. Não acho engraçado quando me chamam de “mulher” (mesmo que seja num tom assumidamente chistoso) e tampouco me divirto ao inverter os sufixos designativos de gênero ao me referir a amigos “invertidos”, por mais afetados que estes sejam. Talvez eu seja apenas mais um purista lingüístico, conforme venho demonstrando aqui ao insistir em usar o trema e acentuar a palavra “idéia” ou talvez eu tenha sido vítima das propagandas que me qualificam de “opressor inato” e sinta algum orgulho deste pedaço de carne apresentado na foto, que, desde que eu me entendo por gente,vem me proporcionando muito prazer, esteja ele voltado para os objetos sexuais que a sociedade ao meu redor deseja ou não.

Lembro que, quando criança, eu queria ter um filho. Sei que ainda sou capaz de ejacular. Não me considero nem um pouco heterofóbico (não obstante ainda me considerar despreparado para penetrar alguém). Por que diabos, então, o compositor da canção acima citada escreve “Buoy” ao invés de “Boy” em seu título?!

Wesley PC>

2 comentários:

Annita! disse...

seu pinto ate q e bunitinho...poderia depilar melhor seus pêlos...heheheh
pêlo nao tem mais acento a proposito.

Pseudokane3 disse...

Já disse e repeti: sou fã de pêlos púbicos (e de acentos vencidos - risos)... Não sei depilar nada... mas, se quiseres, tu me ajudas pessoalmente quando eu aparecer por aí... Pode ser?

WPC>