sábado, 10 de janeiro de 2009

UM POUQUINHO DE PALAVRAS SUBJETIVAS SOBRE O AMOR (para Anne Rodrigues, Anderson Luís, Marcos Miranda e quem mais estiver pela frente!)


É incrível a quantidade de mensagens simbolizadas nesta simples fotografia, a quantidade de gritos metonimizada neste belo coração de cânhamo, que, em dado momento serviu de ingrediente para um brigadeiro que, se não causou os efeitos que alguns queriam, ao menos me permitiu uma brilhante experiência sinestésica, em que pude sentir o gosto de algo que sinto o cheiro desde que era uma criança muito safada... Pode não ter dado o “barato” pós-digestivo, mas que ficou gostoso, ah, isso ficou!

Mas vim aqui falar de amor, e é justamente dele que venho falando desde que me sentei neste computador, desde que saí da vagina suada de minha mãe, há 28 anos e dias atrás, desde que conheci Gomorra, desde que, sabe-se lá por que motivos, alguém ou algo criou isto que entendemos como mundo... Na foto, vê-se um coração de cânhamo e um naco da perna de Rafael Maurício, responsável pela feitura do mesmo. Na foto, vê-se uma comunhão muito grande de interesses, na foto, vê-se uma subversão, na foto, vê-se, acima de tudo!

Vê-se tanto nesta imagem, que meu texto é quase dispensável, que bastar-me-ia apresentar o contexto e calar-me, esperando os comentários, esperando que as pessoas envolvidas não se assustem com supostas conseqüências explicativas da noite de meu pós-aniversário... Sendo assim, encerro minha passagem literária referente a esta imagem com a transcrição de um trecho da magnífica canção que eu e Anderson Luís ouvimos juntos, canção que Marcos interrompeu, canção que Anne me faz sentir agora:

“No jogo dos corações partidos, eu já consegui todas as minhas fichas
Consegui-as para escolher desistir de esperar por ti
Esperar por ti

Eu sou estragado como um cão no calor
Eu estou indo, estou indo
Eu sou desfeito, estou desfeito

Para onde ir? Para onde, agora?
Eu não posso ficar
Se eu pudesse, eu morreria
Eu estou congelando
É como nós,
Eu estou espiralizando-me

Deus envenenou minha vida cruel
Eu nasci desgastado
Nem garota, nem uma jóia
Eu sou um filho qualquer
Eu sou um vagabundo qualquer”


“Spiralling” (Antony and the Johnsons, participação especial de Devendra Banhart, em tradução livre e pessoal como sempre)

Wesley PC>

Um comentário:

Gomorra disse...

Com quem tive a oportunidade de comentar eu fiz, e repito aqui.

Não acho legal fotos de flagrantes.

Mas que o coraçãozinho ficou show de bola (como diz chá), isso ficou.

feop