sábado, 10 de janeiro de 2009

“SEX IS VIOLENT”!


Gosto de ouvir música aleatoriamente, sem escolher, de vez em quando. Ou seja, enfio a mão em minha caixa de cds e, o que sair, eu ouço, para além de como esteja o meu senso de humor. Hoje de manhã, enfiei a mão e puxei “IV” (1971), do Led Zeppelin – vide capa lá embaixo. Achei muito conveniente este acaso (risos), pois esta banda foi executada durante largos minutos, na última quinta-feira, em Gomorra, por um moço realmente agradável de se conversar. Ouvi 4 faixas: a primeira, “Black Dog”, tão barulhenta (no melhor sentido do termo) quanto a segunda, “Rock and Roll”, mas só consigo gostar efetivamente deste álbum a partir da épica faixa 03, “The Battle of Evermore”, logo seguida pela antológica e cativante “Stairway to Heaven”. No meio da execução desta obra-prima musical, porém, senti um estalo. Senti um desejo maluco de ouvir “Ted, Just Admit It...”, da banda Jane’s Addiction. Fi-lo!

Recentemente, havia escutado um trecho desta canção na trilha sonora do filme de Oliver Stone que revi de domingo para segunda-feira. Hoje, ouvi-a na íntegra pelo menos umas 4 vezes. É uma canção potente e extraordinária, que me traz excelentes lembranças de pessoas, que, ao comentar as atitudes do ‘serial killer’ Ted Bundy, fala sobre mim também, equiparando sexo e violência, traumas eróticos do passado e a necessidade de gozar. São mais de 7 minutos de terapia psicanalítica de primeira qualidade!

Aproveitei a nostalgia proposital para ouvir o restante de “Nothing’s Chocking” (1988), álbum cuja crítica faz menção justamente ao Led Zeppelin (risos), no sentido de que o grupo Jane’s Addiction (composto, entre outros, pelo vocalista e letrista Perry Farrell e pelo lendário guitarrista Dave Navarro) supostamente resgataria a ambição e a extravagância psicossexual da banda do Jimmy Page e Robert Plant. Não tenho tanto arcabouço musical para julgar a comparação, mas gosto muito deste álbum mais recente, desta capa inspiradíssima, e de faixas que sempre me fizeram pensar besteiras aprazíveis, como a semi-instrumental “Up the Beach”, a safadinha “Standing in the Shower... Thinking” e a fofa “Jane Says”. Deu saudades...

“Camera got them images
Camera got them all
Nothing's shocking...
Showed me everybody
Naked and disfigured
Nothing's shocking...
And then he came
Now sister's
Not a virgin anymore
Her sex is violent...”


Wesley PC>

Um comentário:

Gomorra disse...

Putz, eu curto muito o primeiro disco dos caras.

O Phisical Graffiti é um disco com sobras de estúdio. Putz, magina só!! Um disco dupoo, muito do caraio feito com "sobras de estúdio". Auhsushsuh só o Led mesmo.

E ainda tem aquele disco que não tem nome (na verdade chama-se In Through the Out Door ) no qual a capa é num bar.

Mas, com certeza o Led IV é muito bom.

feop
\o/