terça-feira, 6 de janeiro de 2009

PARABÉNS PARA MIM – CAPÍTULO I


Amanhã é meu aniversário, que será efetivamente comemorado na noite de quinta-feira, no CineGomorra. Antes, porém, que esta aguardada comemoração me alcance, tenho cá que prestar contas com mais uma importantíssima contribuição de Gomorra (e circunvizinhanças) a minha vida: aprender a lidar com pessoas que me odeiam pelos motivos errados, me odeiam porque os amo! Na minha vida, três são os grandes exemplos desta tendência:

- O primeiro deles se chama Igor Mangueira. Conheci-o em 2000, quando entrei na Universidade. Éramos amigos, tínhamos muito em comum, dávamo-nos bem, apesar das extremas idiossincrasias deste moço, que nunca achei necessariamente bonito, por isso, meio que me envergonho de tudo o que fiz envolvendo-o (risos)... Um dia, Igor brigou com Everton Mesquita, um jovem “arroz de festa” que desempenhava um papel semelhante ao que Rafael Torres exerce hoje: era o coadunador de pessoas diversas, era “a pessoa que liga”. Como Igor brigou com ele por razoes acadêmicas, ficou sem falar com as demais pessoas de sua turma. Apelou para mim, que fui seu único ouvinte por alguns meses. Conclusão: idiota que sou, apaixonei-me por ele, confundi as coisas. Hoje, Igor não fala mais comigo nem co’a peste!;

- O segundo chama-se Ramon Fontes. Conheci-o cinco anos depois de Igor, numa festa surpresa. Surpresa negativa! Estava programado para passar a madrugada num luau. Fui encontrar alguns amigos numa praia e, de repente, estava preso numa casa, em que meninos muito novos (abaixo dos 14 anos, inclusive) se entupiam de maconha, álcool e sabe-se lá o que mais, só que não conversavam nada de interessante, eram homofóbicos, aliás. Tentei dormir, no topo de uma escada. Lá pelas 4h da madrugada, ouvi alguém cantando a subestimada canção “Frantic”, de um Metallica tardio. Quem a ouvia era um moço de óculos, bastante desenvolto e divertido. Começamos a conversar em espanhol, a sorrir muito. Ramon deitou que eu deitasse em seu colo, me acariciou os cabelos. Conclusão: apaixonei-me de imediato. Na época, eu tinha uma namoradinha chamada Alexandra e convidei Ramon para ser meu namorado também. Ele aceitou, do jeito assustado dele, mas começou a ser escorraçado verbalmente pelos amigos metaleiros. No dia 01 de janeiro de 2006, ele disse que jamais me veria novamente. Hoje, Ramon não fala mais comigo nem co’a peste!;

- Por fim, Marcos Miranda, meu amado e conhecido de vocês, Marcos Vicente Miranda Santos. Sempre fui amigo do pessoal de História em virtude de conhecer e gostar muito de Rafael Torres, que, inicialmente, trabalhava comigo no DAA. Nunca havia prestado muita atenção em Marcão, até que um dia ele se pronunciou como um pontual ferrenho, como um burocrata, como um defensor dos esquemas e reuniões. Normal, ganhou pontos em meu conceito, mas nada de mais até então. Noutro dia, ele e alguns amigos estavam a pintar alguns cartazes de protesto. Eu visitei o diretório do curso deles, para ver se dava alguns agarros descompromissados no gracioso Jailton Jr..Um amigo homossexual que me acompanhava percebeu certa afetação na voz fina de Marcão. Conclusão: apaixonei-me violentamente. E o resto, todos sabem: hoje, Marcos não fala mais comigo nem co’a peste!

Haja o que houver, porém, amo este último moço. Haja o que houver, lembrarei dele sempre com muito carinho e, ás vésperas de ostentar 28 anos na cachola, sou obrigado a demonstrar um mínimo de maturidade e fazer de conta que lido bem com o fato de fazer com que as pessoas que amo sintam ódio por mim, tal qual Jesus Cristo, que, em dado momento confessa: “não cuideis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada” (Mateus, 10:34). Este é um dos versículos mais fortes e dignos que já li na Bíblia e é nele que penso agora, quando relembro deste recado deixado inocentemente no Orkut, apagado imediatamente por meu interlocutor, em que percebi antecipadamente que meu amado Marcos faltaria a uma festa coletiva na casa de Charlisson por ser aniversário da morte de seu muso Renato Russo. Nem isso o ingrato admitiu... Mas eu o amo mesmo assim – hoje e sempre!

Wesley PC>

3 comentários:

Marcão disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gomorra disse...

Acredito que não tenha propriedade suficiente para comentar, leia-se, não te conheço o suficiente para afirmar.

Mas seria incorreto dizer que os dois primeiros foram fatores externos que os afastaram de você e o terceiro foram fatores internos (de sua natureza) que o afastou?

õ.O'
feop

ps: a pergunta é retórica, não é para ser respondida. =]

Gomorra disse...

os mesmos fatores internos que afastaram-nos de mim imepdem-me de responder esta pergunta retórica (risos)

Mas juro que tentei (hehehe0

Beijão, Danilo!

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