segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

FUSO HORÁRIO DE GOMORRA


Ontem, entre às 15h e 18h, eu dormia. Recuperava-me de um sintoma de rejeição e dormia, por mais que desejasse fortemente ir a Gomorra, receber o meu amigo semi-luporídeo, que havia chegado. Dormia, coisa que não gosto de fazer. Mas de que precisava.

De repente, minha mãe vem me acordar (ela sabe que detesto isso): “Wesley, estão te chamando. Parece importante. Sei que não gostas que te acordes, mas penso que as pessoas que vieram te chamar sejam importantes para ti...”. Levanto, apreensivo e coberto de suor. Abro o portão. Eram os Rafaéis Torres e Coelho. Largo uma gargalhada, fiquei feliz de imediato. MEUS AMIGOS VIERAM ME BUSCAR! Fiquei feliz de novo...

Conversamos um tempão, falamos sobre coisas importantes e pessoas que nem sempre querem ser tratadas assim, falamos... Coelho pediu que eu conseguisse um quilograma de feijão e seguimos a pé, rumo a Gomorra. Foi lindo, senti-me um desbravador em apuros, resgatado por seus companheiros de tropa.

Chegando em Gomorra, festa, como de praxe. Os meninos de Bahia ensaiavam uma canção que seria utilizada para arrecadar fundos monetários na UFS. Eu não conseguia parar de abraçar Coelho, meu amigo querido, de quem senti muitas, muitas saudades. Cozemos o tal feijão, pus um miojo no fogo, lavei os pratos, fiz café, comi farinha com um monte de gororobas (risos), fui feliz...

Depois, vimos um filme que me deixou muito reflexivo (Oh, Coelho voltou!): “Velvet Goldmine” (1998, de Todd Haynes), sobre gente que se disfarça de homossexual para entrar na moda, sobre gente que usa os modismos e o sexo para se manter em alta, sobre gente que prefere as impressões às idéias, sobre gente que morreu ou abandonou as memórias do passado quando envelheceu, sobre o tipo de gente que eu não quero ser, sobre o tipo de gente que a Gomorra não deixa que eu seja...

Na foto, os personagens de Jonathan Rhys-Meyers e Ewan McGregor, citando David Bowie e Iggy Pop, respectivamente, descansam após o que parece ter sido uma noite de sexo. Na vida real, eu e as pessoas que estiveram lá presentes divertimo-nos bastante, emulando também certa sexualidade,e m virtude do incenso afrodisíaco-psicodélico que Luiz Ferreira acendeu (risos). Foi uma madrugada histórica, não dormi nada!

Ainda tive que ir pr’uma aula, ás 7h da manhã. O professor faltou. Voltei para casa, pensando no botijão de gás de Gomorra, que havia acabado. Postei 12 fotos no Orkut e fui dormir ás 10h30’. Acordei por volta das 16h, feliz... Até que Marcos entra no MSN por alguns segundos e volta a me ignorar...

Conversei com Ferreirinha, Juliana, Anne K., minha amiga recifense Elaine e Rafael Maurício, através do mesmo recurso cibernético. Não tenho motivos para ser triste ainda. Amo Gomorra!

Wesley PC>

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