Se pudesse amar a pessoa que me ama
Eu amaria pra não a ver sofrer
Mas meu coração não escolhe a quem amar
Só mesmo a quem maltratar
E, além de tudo, ainda é preconceituoso
Separatista, homofóbico, discriminatório
É irreal, triste, mentiroso...
Diferente de minha mente
Que é realista, alegre, sincera...
Se eu pudesse enganaria o meu coração
Eu enganaria a tristeza, enganaria a razão
Mas não é simples e, nem, tão pouco, possível
Se minha alegria depender da tristeza de outros
Eu queria me tornar invisível
Eu queria fazer tudo simplesmente, como agora
Mas se eu for simples e direto, muitos trocariam a hora...
Eu só posso deixar aqui, aos que acreditam no que digo
Que hoje e sempre te aceitarei como um amigo.
Marquinhos, 29 de dezembro de 2008
8 comentários:
Chuif...
As coisas não podem ser como queremos... Quase nunca são, inclusive, o que explica por que não morremos (por que, sim, Marcos, o gozo é uma antecipação da morte!)
Gostei muito do que ecsreveste, gostei muito de tua manifestação literário-soporífera, apesar de, repito, aterrorizar-me pelo que ela me remete...
"Eu tenho medo de poesia?", perguntei num texto anterior do blog... E tem como não ter diante deste tipo de coisa, tão bonita e fatal quanto dizem que é a própria morte?
Desculpa, Marcos, não vai passar...
mas, obrigado, Marcos, por me demonstrar que não foi algo aleatório: que, se escolhie a ti, é porque tu és quem eu penso que seja que tu és...
Independente de estarmos ou não vinculados ao mesmo comportamento sempre "alegre e sincero" da nossa gente...
O que é gente, o que é pátria hoje em dia?
Eu não sei, sei de mim e , quanto a mi, dirijo-me a ti...
è pena, é pena...
mas que fique a imagem ilustrativa, das crianças sorridentes, postas no mundo para sofrer...
Creio que eu tenha sorrido em algum momento de minha infància...
WPC>
Desculpa, desculpa, desculpa...
WPC>
"Jogue tuas mãos para o céu/ Agradeça se acaso tiver/ Alguém que tu gostarias que/ Estivesse sempre com você/ na rua, na chuva, na fazenda/ Ou numa casinha de sapê"...
Como esta canção faz sentido numa hora como esta...
TE AMO!
(e que se foda qualquer outra coisa)
WPC>
Esqueceste um R no final do infinitivo TORNAR, quando falas sobre a necessidade/possibilidade/castigo da invisibilidade...
fico cá a imaginar tua mente alegre...
Talvez é minha mente o que mais tenho de menos alegre, Marquinhos, vendo a derruição crescente do mundo que nos cerca, percebendo este tipo tão grande e ferino de descompasso entre o que pensamos e o que sentimos...
Como eu me irritei ontem quando aquele cara que pensou que a gente era namirados (quem dera...), explicou que frequenta coisas que não gosta, só pela "sensação"... É mais ou menos asism que o mundo inteiro pensa e age, o que me deixa impotente diante das misérias alheias, que interferem em minha vida, logicamente...
por isso, só me resta agradecer por tu fazeres o que tu queres fazer, pouco se importando com o que vão achar de ti... Aliás, Marcos, eles vão achar de ti o que eles quiserem achar, independente ou não do que tu faças...
pena, pena...
Lindo, lindo...
WPC> (uma vez só, para realçar o efeito de solidão)
coloquei o "R" tava e tô com muito sono quando fiz isso, logo depois de ter falado contigo no msn, ou seja, agora pouco!!!
até mais!!!
Marcão
eu gosto de poesia, mas para mim é muito dificil gostar, pois so goso no que acredito, então no mínimo preciso conhecer quem escreveu, compreender pq escreveu e bla bla bla.
Deve ser por isso que gostei muito.
E gostei mais ainda pq conheço as pessoas que frequentam a gomprra e achei que poderia ser de muitas pessoas esse exto, e fiquei surpres po ver que era de marcus.
Ah, surpreso pela beleza do texto e pq não tem nada de legião = D
De fato, Danilo, beleza de texto de uma beleza de menino (por mais que ele insista em esconder ambas as dádivas)...
Mas a gente segue em frente...
E, é justamente por seguir em frente, que preciso me servir aqui de um 'flashback' , caro Marcos...
Relê, pro favor:
http://gomorra69.blogspot.com/2008/12/apelando-para-uma-imagem-do-krzyzstof.html
Era verdade na época e é bem mais verdade ainda agora...
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