sexta-feira, 7 de novembro de 2008

“FELICIDADE SERVE PARA QUÊ?”


Macabéa não sabia.
Não tinha tempo nem lhe deram oportunidade de descobrir.
Macabéa não sabia.
Todos nós sorrimos de Macabéa porque somos um pouco Macabéa também.
Quando zombamos de Macabéa, é como se expurgássemos todos aqueles traumas que já renderam conversas inflamadas nas madrugadas de Gomorra...
Macabéa sou eu!

“O senhor me desculpe”, repete Macabéa o tempo inteiro.
Macabéa submetia-se, reagia às agruras do mundo moderno com o melhor olhar apalermado de sempre. É violentamente destratada pelo metalúrgico bobo por quem se apaixona e é morta depois que cria mudar definitivamente a sua vida, após visitar uma cartomante.
Macabéa compra um vestido novo e passeia pela rua, ouvindo valsa.
Macabéa fui eu!

Wesley PC>

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