sábado, 8 de novembro de 2008

ESPETACULARIZAÇÃO DESTRUTIVA X ESPETACULARIZAÇÃO CONTRA A DESTRUIÇÃO


(Dedico este texto a Paulo Bruno)

Enquanto uma jovem loira cantarolava canções divulgadas pela voz de Vanessa da Mata e pedia aplausos para o curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, eu e alguns amigos sentávamos num canto oposto, divertíamo-nos com as composições tristes e reflexivas do jovem capaz de tocar violão que atende pelo nome de Rafael Coelho. Sempre que alguém vinha perguntar se estávamos a nos isolar propositalmente da festa, dizíamos que não, que não precisávamos correr atrás sempre que alguém toca um tambor. Fiquei pensando nisso... e concordei!

Alguns minutos e horas depois, nesta ordem, meus amigos bebiam ou utilizam-se de alguma “substância estimuladores do músculo mental”. Lembramos fatos da infância [Rafael Maurício, por exemplo, viu um aleijado sair ileso da sessão cinematográfica do filme “Titanic” (1997, de James Cameron), aos 8 anos de idade!], realizamos uma enquête sobre se as pessoas gostam mais de macaxeira ou de inhame (a macaxeira ganhou, mas como só tínhamos inhame cozido, todo mundo comeu isso mesmo) e fizemos um inventário das atividades já realizadas por cada um de nós em Gomorra (sabiam que Rafael Maurício ficava completamente nu quando tomava banho lá?). Foi divertido.

Em dado momento, Rafael Torres comentou algo que me fez pensar: “devemos fazer o melhor de nós, visto que, como Wesley costuma dizer, o mundo está mesmo acabando”. Rafael Maurício ficou brincando com a noção de “juventude perdida” e, em dado momento, tento repetir os gestos dos personagens do filme “Trainspotting – Sem Limites” (1996, de Danny Boyle). Glauco e este último haviam conversado e bebido cerveja a tarde inteira. Havia sido bom. Enquanto isso, pessoas eram assassinadas no mundo. A fotografia que acompanha esse texto (de um crime contra um criminoso praticado em Sergipe no ano passado) talvez pudesse ser novamente exibida nos telejornais sensacionalistas que tanto chamam a atenção das pessoas. A culpa é nossa?

Wesley PC>

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